Melhor política econômica hoje é a vacinação em massa, diz Sachsida | Brasil e Política

A melhor política econômica hoje é a vacinação em massa, disse nesta terça-feira (18) o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, durante divulgação dos novos parâmetros macroeconômicos.

Esse é um fator de incerteza que pesa sobre a projeção de crescimento de 3,5%, divulgada hoje. Os riscos de curto prazo são: pandemia, fiscal e hidrológico.

Além disso, há riscos de longo prazo. O primeiro deles é o choque no capital humano. “Temos um choque negativo entre jovens e na primeira infância na educação”, disse, ao destacar o prejuízo da pandemia sobre a vida escolar de crianças e jovens.

Saiba mais

Outro risco de longo prazo é na saúde. Com a pandemia, várias pessoas deixaram de fazer prevenção de doenças.

Há ainda o choque do endividamento das famílias e de fechamento de empresas. “A melhor política econômica é vacinação em massa e insistir na consolidação fiscal e na agenda de reformas”, disse.

Recuperação pós-crise é um desafio de política econômica

A recuperação pós-crise é um desafio de política econômica, disse, ainda, o secretário de Política Econômica. A recuperação após crises não ocorre naturalmente, pontuou.

“Temos que evitar que choques transitórios se tornem permanentes, por isso a agenda de consolidação fiscal”, insistiu. A manutenção dessa linha de ação tem proporcionado a recuperação econômica. “Na recessão atual, estamos quase voltando ao nível pré-crise.”

2021 será conhecido como ano das privatizações

O ano de 2021 será conhecido como o ano das privatizações e concessões no Brasil, também disse o secretário de Política Econômica. Ele destacou o avanço da agenda de reformas durante a pandemia.

“Em meio a uma grave crise sanitária, aprovamos um novo marco fiscal”, afirmou.

A agenda de reformas envolve marcos legais como o do saneamento, do gás natural, e a independência do Banco Central. O secretário destacou a BR do Mar, um projeto de lei em análise no Congresso Nacional que regula o transporte de cabotagem.

O secretário ressaltou ainda os efeitos da redução unilateral de 10% nas tarifas de importação de 1.495 produtos. A medida é importante para a agenda de produtividade e merecia ter recebido maior destaque, afirmou.

Este conteúdo foi publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.

1 de 1
— Foto: Claudio Belli/Valor

— Foto: Claudio Belli/Valor